Sob Lula, país deve crescer menos do que a média
Em vez do prometido "espetáculo do crescimento", o governo Luiz Inácio Lula da Silva deverá ficar marcado por taxas bastante modestas de expansão da economia. Segundo levantamento feito pelo Banco Central com cem analistas de mercado, o Brasil deverá crescer, em média, 2,7% ao ano ao longo do mandato do presidente.
A pesquisa aponta que a expectativa média é que a economia cresça 3,5% neste ano e no próximo e 3,8% em 2006 -no ano passado, houve retração de 0,2%.
Confirmadas as projeções do mercado, o crescimento alcançado durante o governo Lula seria um dos piores já registrados na história republicana. Numa lista com os resultados obtidos pelos 28 presidentes que o Brasil teve, o atual governante ficaria na 20ª colocação. Seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, estaria em 22º -entre 1995 e 2002, o país cresceu, em média, 2,3% ao ano.
A lista com o crescimento da economia registrado no mandato de cada um dos presidentes do país foi elaborada em 2001 pelo economista Reinaldo Gonçalves, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com base em dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Na ocasião, Gonçalves criticava a política econômica sob FHC. "O desempenho medíocre do governo FHC é evidente pelo padrão histórico brasileiro", dizia. Segundo o economista, o Brasil teve, nos últimos 150 anos, crescimento anual médio de 4,4%.
Agora, Gonçalves utiliza termos parecidos para qualificar o governo Lula. O economista diz que a projeção de que o crescimento econômico fique em 2,7% ao ano no governo Lula é "até otimista". "Teremos sorte se chegarmos a esse resultado, com uma política fiscal e monetária paranoicamente restritiva", afirma. Nas suas contas, o país, "no máximo", deve crescer 2,3% ao ano no período.
Considerando os presidentes brasileiros que exerceram mandato de pelo menos um ano no país, a economia nunca cresceu tanto quanto no curto governo de Nilo Peçanha (1909-1910), que assumiu com a morte de Affonso Penna. Na época, a economia brasileira foi beneficiada pelas exportações de borracha e pelos investimentos que países europeus direcionavam a países periféricos.
Entre os períodos de recessão enfrentados pela economia brasileira destacam-se os governos de Prudente de Moraes (1894-1898) -lidando com o final da escravidão e a queda no preço internacional do café- e de Fernando Collor de Mello (1990-1992), que culminou com seu impeachment.
A pesquisa aponta que a expectativa média é que a economia cresça 3,5% neste ano e no próximo e 3,8% em 2006 -no ano passado, houve retração de 0,2%.
Confirmadas as projeções do mercado, o crescimento alcançado durante o governo Lula seria um dos piores já registrados na história republicana. Numa lista com os resultados obtidos pelos 28 presidentes que o Brasil teve, o atual governante ficaria na 20ª colocação. Seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, estaria em 22º -entre 1995 e 2002, o país cresceu, em média, 2,3% ao ano.
A lista com o crescimento da economia registrado no mandato de cada um dos presidentes do país foi elaborada em 2001 pelo economista Reinaldo Gonçalves, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com base em dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Na ocasião, Gonçalves criticava a política econômica sob FHC. "O desempenho medíocre do governo FHC é evidente pelo padrão histórico brasileiro", dizia. Segundo o economista, o Brasil teve, nos últimos 150 anos, crescimento anual médio de 4,4%.
Agora, Gonçalves utiliza termos parecidos para qualificar o governo Lula. O economista diz que a projeção de que o crescimento econômico fique em 2,7% ao ano no governo Lula é "até otimista". "Teremos sorte se chegarmos a esse resultado, com uma política fiscal e monetária paranoicamente restritiva", afirma. Nas suas contas, o país, "no máximo", deve crescer 2,3% ao ano no período.
Considerando os presidentes brasileiros que exerceram mandato de pelo menos um ano no país, a economia nunca cresceu tanto quanto no curto governo de Nilo Peçanha (1909-1910), que assumiu com a morte de Affonso Penna. Na época, a economia brasileira foi beneficiada pelas exportações de borracha e pelos investimentos que países europeus direcionavam a países periféricos.
Entre os períodos de recessão enfrentados pela economia brasileira destacam-se os governos de Prudente de Moraes (1894-1898) -lidando com o final da escravidão e a queda no preço internacional do café- e de Fernando Collor de Mello (1990-1992), que culminou com seu impeachment.
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