O preço da ansiedade
Gostaria de recomendar a todos a leitura dessa entrevista que o economista Joseph Stiglitz deu à Revista Carta Capital (clique no título desse post para ir até o site da revista).
Ele fala do seu novo livro que será lançado até o final de maio. O que gostei é que ele propõe um novo paradigma para a economia monetária, atualmente focada exclusivamente no controle do juros. O que ele prega é que se faça política monetária olhando para disponibilização do crédito. Em suma ele apresenta uma alternativa de mudança nas atuais receitas de controle da inflação e crescimento econômico. Vale muito a pena ler.
Abaixo uma pequena introdução, retirada do site da Carta Capital.
P.S se quiser ler mais sobre o que este ex-economista chefe do Banco Mundial anda dizendo, vá no site dele, lá tem vários outros papers, em inglês. Muito bons!
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O PREÇO DA ANSIEDADE - carta capital
Stiglitz recomenda crédito e controle de capitais para tirar o País da armadilha.
Por Flávia Pardini
O superávit primário das contas do governo deixa o Brasil mais protegido diante das oscilações dos fluxos de capitais internacionais, mas o País não está a salvo de uma nova crise financeira devido a mudanças no cenário global, diz Joseph Stiglitz, economista e vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001. Segundo Stiglitz, o estoque de dívida de curto prazo que o Brasil carrega – cerca de US$ 20 bilhões – ainda é grande e deixa o País vulnerável. O aumento das taxas de juro nos Estados Unidos, que deve ocorrer no início do segundo semestre, elevará o custo do serviço da dívida dos países emergentes, inclusive do Brasil. Diante da liberalização dos mercados financeiros, Stiglitz aconselha que o País controle os fluxos de capitais e diz que o FMI está mais flexível quanto a esta opção.
Ele recomenda que os brasileiros não prestem tanta atenção ao sensacionalismo da mídia com indicadores financeiros, mas foquem sua atenção no setor real da economia: crescimento e emprego. Admite que o crescimento tem sido lento, mas diz que o governo está amarrado em sua política monetária devido às expectativas dos investidores externos. Stiglitz sugere que a equipe econômica trabalhe para disponibilizar crédito para famílias e empresas brasileiras.
O autor e a obra
O vencedor do Prêmio Nobel formulou um novo paradigma, segundo o qual o crédito, e não o dinheiro, tornou-se o mecanismo-chave da economia
O crédito é o foco central do novo livro de Stiglitz, Rumo a um Novo Paradigma em Economia Monetária, que chegará às livrarias brasileiras pela Editora W11 até o fim de maio. Escrito em colaboração com o economista Bruce Greenwald, o livro apresenta o crédito como a principal influência da política monetária na macroeconomia nas sociedades contemporâneas. Segundo a nova teoria, o dinheiro afeta as economias através de dois mecanismos: a disponibilidade de crédito e os termos em que é oferecido a empresas e consumidores.
Atualmente professor da Universidade Colúmbia, em Nova York, Stiglitz foi economista-chefe e vice-presidente do Banco Mundial de 1997 a 2000. Contribuiu significativamente para desenvolver várias áreas da teoria econômica e ajudou a fundar o campo da “economia da informação”. Crítico ferrenho das instituições financeiras internacionais depois que deixou o Banco Mundial, Stiglitz vê atualmente o início de uma mudança de mentalidade no FMI. Em entrevista a CartaCapital, ele argumenta que a decisão do Fundo de permitir a exclusão de investimentos de empresas estatais do cálculo do superávit primário brasileiro é positiva e pode ajudar o País a voltar a crescer.
Ele fala do seu novo livro que será lançado até o final de maio. O que gostei é que ele propõe um novo paradigma para a economia monetária, atualmente focada exclusivamente no controle do juros. O que ele prega é que se faça política monetária olhando para disponibilização do crédito. Em suma ele apresenta uma alternativa de mudança nas atuais receitas de controle da inflação e crescimento econômico. Vale muito a pena ler.
Abaixo uma pequena introdução, retirada do site da Carta Capital.
P.S se quiser ler mais sobre o que este ex-economista chefe do Banco Mundial anda dizendo, vá no site dele, lá tem vários outros papers, em inglês. Muito bons!
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O PREÇO DA ANSIEDADE - carta capital
Stiglitz recomenda crédito e controle de capitais para tirar o País da armadilha.
Por Flávia Pardini
O superávit primário das contas do governo deixa o Brasil mais protegido diante das oscilações dos fluxos de capitais internacionais, mas o País não está a salvo de uma nova crise financeira devido a mudanças no cenário global, diz Joseph Stiglitz, economista e vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2001. Segundo Stiglitz, o estoque de dívida de curto prazo que o Brasil carrega – cerca de US$ 20 bilhões – ainda é grande e deixa o País vulnerável. O aumento das taxas de juro nos Estados Unidos, que deve ocorrer no início do segundo semestre, elevará o custo do serviço da dívida dos países emergentes, inclusive do Brasil. Diante da liberalização dos mercados financeiros, Stiglitz aconselha que o País controle os fluxos de capitais e diz que o FMI está mais flexível quanto a esta opção.
Ele recomenda que os brasileiros não prestem tanta atenção ao sensacionalismo da mídia com indicadores financeiros, mas foquem sua atenção no setor real da economia: crescimento e emprego. Admite que o crescimento tem sido lento, mas diz que o governo está amarrado em sua política monetária devido às expectativas dos investidores externos. Stiglitz sugere que a equipe econômica trabalhe para disponibilizar crédito para famílias e empresas brasileiras.
O autor e a obra
O vencedor do Prêmio Nobel formulou um novo paradigma, segundo o qual o crédito, e não o dinheiro, tornou-se o mecanismo-chave da economia
O crédito é o foco central do novo livro de Stiglitz, Rumo a um Novo Paradigma em Economia Monetária, que chegará às livrarias brasileiras pela Editora W11 até o fim de maio. Escrito em colaboração com o economista Bruce Greenwald, o livro apresenta o crédito como a principal influência da política monetária na macroeconomia nas sociedades contemporâneas. Segundo a nova teoria, o dinheiro afeta as economias através de dois mecanismos: a disponibilidade de crédito e os termos em que é oferecido a empresas e consumidores.
Atualmente professor da Universidade Colúmbia, em Nova York, Stiglitz foi economista-chefe e vice-presidente do Banco Mundial de 1997 a 2000. Contribuiu significativamente para desenvolver várias áreas da teoria econômica e ajudou a fundar o campo da “economia da informação”. Crítico ferrenho das instituições financeiras internacionais depois que deixou o Banco Mundial, Stiglitz vê atualmente o início de uma mudança de mentalidade no FMI. Em entrevista a CartaCapital, ele argumenta que a decisão do Fundo de permitir a exclusão de investimentos de empresas estatais do cálculo do superávit primário brasileiro é positiva e pode ajudar o País a voltar a crescer.
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