O crescimento nosso de cada dia
Semana passada saiu o índice de crescimento econômico no Brasil no último trimestre. Várias declarações foram dadas dizendo que este aumento é o sinal de que agora estamos no caminho certo. Será?
Depende de como se lê esse número. O crescimento foi de 2,7% quando se compara o primerio trimestre de 2004 com o mesmo período de 2003. Mas se a comparação for feita com o último trimestre de 2003 o número cai para 1,6%. Além disso tivemos um recorde do desemprego no mês de abril em torno de 13%.
A revista veja publicou hoje outras formas de se analizar a notícia do crescimento. veja um resumo abaixo:
• O crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre foi bom, mas menor que o de outros países emergentes. No mesmo período, o México cresceu 4,6%, o Chile, 4,5% e a Argentina, 10%.
• O crescimento da economia brasileira impressiona principalmente porque ele foi medido em relação a uma base de comparação muito fraca, o primeiro trimestre do ano passado. Naqueles três meses, a economia brasileira encolheu, fato que se repetiu no segundo trimestre e caracterizou a entrada do país em recessão.
• A notícia realmente auspiciosa embutida na divulgação do resultado do PIB é que o Brasil reverteu a tendência à estagnação econômica e, apesar de um aperto fiscal sem precedentes na história recente do país, conseguiu crescer sem despertar a inflação. O superávit primário anunciado na sexta-feira chegou a 11,9 bilhões de reais em abril e bateu todos os recordes desde que esse indicador de austeridade dos governos começou a ser medido no Brasil, em 1991.
• Quando se olha para o comportamento dos componentes do PIB, os sinais do que está dando certo no Brasil ficam mais claros ainda. A agricultura (com aumento de 3,3% sobre o trimestre anterior) e as exportações (com 5,6%) continuam sendo responsáveis pelos melhores desempenhos.
• Economistas adoram exercitar sua vocação para cálculos e estimativas futuras. Entre suas práticas favoritas está a anualização de índices, que nada mais é do que extrapolar para o ano o resultado obtido num determinado período. Pois bem, anualizado, o crescimento de 1,6% do PIB equivaleria a 6,8% em dezembro de 2004. Muitos economistas abraçaram alegremente e sem crítica essa realidade virtual, esquecendo-se de que no começo do ano passado, com base em um suspiro de crescimento apurado em dezembro de 2002, as taxas anualizadas para 2003 apontavam para 4% de crescimento. Deu zero.
Ou seja....ainda é muito pouco para se falar de crescimento. vamos ver os próximos trimestres
Depende de como se lê esse número. O crescimento foi de 2,7% quando se compara o primerio trimestre de 2004 com o mesmo período de 2003. Mas se a comparação for feita com o último trimestre de 2003 o número cai para 1,6%. Além disso tivemos um recorde do desemprego no mês de abril em torno de 13%.
A revista veja publicou hoje outras formas de se analizar a notícia do crescimento. veja um resumo abaixo:
• O crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre foi bom, mas menor que o de outros países emergentes. No mesmo período, o México cresceu 4,6%, o Chile, 4,5% e a Argentina, 10%.
• O crescimento da economia brasileira impressiona principalmente porque ele foi medido em relação a uma base de comparação muito fraca, o primeiro trimestre do ano passado. Naqueles três meses, a economia brasileira encolheu, fato que se repetiu no segundo trimestre e caracterizou a entrada do país em recessão.
• A notícia realmente auspiciosa embutida na divulgação do resultado do PIB é que o Brasil reverteu a tendência à estagnação econômica e, apesar de um aperto fiscal sem precedentes na história recente do país, conseguiu crescer sem despertar a inflação. O superávit primário anunciado na sexta-feira chegou a 11,9 bilhões de reais em abril e bateu todos os recordes desde que esse indicador de austeridade dos governos começou a ser medido no Brasil, em 1991.
• Quando se olha para o comportamento dos componentes do PIB, os sinais do que está dando certo no Brasil ficam mais claros ainda. A agricultura (com aumento de 3,3% sobre o trimestre anterior) e as exportações (com 5,6%) continuam sendo responsáveis pelos melhores desempenhos.
• Economistas adoram exercitar sua vocação para cálculos e estimativas futuras. Entre suas práticas favoritas está a anualização de índices, que nada mais é do que extrapolar para o ano o resultado obtido num determinado período. Pois bem, anualizado, o crescimento de 1,6% do PIB equivaleria a 6,8% em dezembro de 2004. Muitos economistas abraçaram alegremente e sem crítica essa realidade virtual, esquecendo-se de que no começo do ano passado, com base em um suspiro de crescimento apurado em dezembro de 2002, as taxas anualizadas para 2003 apontavam para 4% de crescimento. Deu zero.
Ou seja....ainda é muito pouco para se falar de crescimento. vamos ver os próximos trimestres
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