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Mostrando postagens de agosto, 2004

Cresce repercussão política da morte de sem-teto

Amigos, As mortes dos moradores de rua em Sao Paulo são um retrato cruel da injustiça social. Mostra até que ponto vai o ódio, a raiva dos que se sentem ameaçados, ironicamente, pelos que nada tem. O crescimento da riqueza e da concentração de renda de poucos tem como consequência do lado oposto o aumento da miséria. A sociedade Brasileira está rompendo mais uma etapa para baixo na sua degradação social. Mais rica e excludente cidade do Brasil mata moradores de rua El Pais Juan Arias No Rio de Janeiro A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, do Partido dos Trabalhadores, decretou nesta segunda-feira (23/08) três dias de luto na cidade por causa da matança de mendigos que, desde a última quinta-feira, vem ocorrendo no centro da cidade, com um balanço de seis mortos e nove feridos graves. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, enviou para representá-lo na manifestação popular de protesto que ocorreu neste domingo, diante da catedral da Sé, o ministro da Justi

Conheça a Zilda Arns a mãe dos pobres do Brasil

Deu no El Pais..... Médica faz campanha pela nutrição acentuando valor da cidadania Especialista em pediatria, com 70 anos, Zilda Arns ficou viúva com seis filhos aos 43 anos. Fundadora e responsável pela instituição Pastoral da Criança, uma das organizações mais importantes do mundo no campo da saúde, nutrição e alfabetização, nas regiões de maior miséria, sua liderança lhe valeu seis prêmios internacionais, entre eles o prêmio Heroína da Saúde Pública das Américas (Opas) e 59 nacionais. Sua organização conta com um exército de 241 mil voluntários, distribuídos em 36.258 comunidades em 3.757 municípios do Brasil e com 7 mil equipes de coordenadores. Quando começou seu projeto havia municípios nos quais o índice de mortalidade infantil era de 129 por mil. Hoje no Brasil a média é de 29 por mil, embora nas comunidades da Pastoral da Criança tenha baixado para 15 por mil. Não é uma atriz de telenovela nem uma apresentadora de televisão, nem uma cantora famosa, mas Zilda A

Pobreza do Brasil não inibe ostentação dos ricos

Era do presidente-operário marca boom do mercado que vende luxo Raymond ColittEm São Paulo Financial Times 10/08/2004 A pequena distância de algumas das favelas mais pobres e violentas do mundo, clientes bebem champanhe e admiram os últimos anéis de diamante importados em uma requintada joalheria. No elegante bairro dos Jardins, em São Paulo, estão se abrindo diversas butiques de renome internacional, em um "boom" de produtos de luxo que está conquistando a maior economia da América do Sul."O Brasil tem sido um dos mercados de rápido crescimento mais consistente para nós -está entre os dez maiores do mundo", diz Freddy Rabbat, diretor-executivo da Mont Blanc, exclusiva fabricante suíça de canetas.A economia brasileira cresceu nos últimos cinco anos apenas 1,5% ao ano, em média. Mas o mercado de produtos de luxo cresceu 33% por ano em termos reais, ajustados à inflação, segundo a consultoria de produtos de luxo MCF. Um dos motivos é que os bens de luxo importad

Prioridade retórica: Investimento em educação cai 58% desde 95

Conclusão é de estudo sobre a aplicação da União feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Investimento em educação cai 58% desde 95 LUCIANA CONSTANTINO DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Em meio às discussões do governo para planejar o Orçamento de 2005, o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) finalizou um estudo que lança luz sobre os gastos da União com educação nos últimos oito anos, apontando um cenário de perdas. Os investimentos do Ministério da Educação no período diminuíram 57,8%, passando de R$ 1,874 bilhão gasto em 1995 para R$ 790,703 milhões no ano passado -em valores atualizados pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços), da Fundação Getúlio Vargas de maio de 2004. A queda não foi ininterrupta. No primeiro ano da gestão Luiz Inácio Lula da Silva, houve um crescimento de 127,4% nos investimentos em relação ao último ano de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso. Ainda assim, em valores absolutos, faltou mais de R$ 1 bilhão para chegar ao patamar de 1995.

voce nem percebe....

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Acho que não é preciso dizer mais nada. A foto diz tudo. click na foto para ler o cartaz.

os benefícios do biodiesel para a inclusão social

Estudos indicam que a cada 1% de substituição de óleo diesel por biodiesel produzido com a participação da agricultura familiar podem ser gerados cerca de 45 mil empregos no campo O tema é o primeiro a ser discutido em profundidade pelo Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica da Câmara dos Deputados. ‘Biodiesel e inclusão social’, de autoria do deputado federal Ariosto Holanda, constitui o número inicial da série Cadernos de Altos Estudos, publicada pelo conselho. A publicação baseia-se na videoconferência e exposição feita pelo parlamentar em novembro de 2003. Os eventos reuniram ministros, parlamentares, empresários, pesquisadores, intergrantes de ONGs, entre outros. Segundo o documento, o Brasil tem todas as condições de se tornar um grande produtor de biodiesel, por ter um enorme potencial de biomassa para fins energéticos. O capítulo ‘Motivações para a produção de biodiesel’ mostra que a produção do combustível poderá gerar um grande número de empregos e r

Para onde está indo o dinheiro

Esta notícia aparentemente não está relacionada à exclusão social, mas só aparentemente. Ela mostra claramente para onde a renda da população brasileira está sendo transferida, sem nenhum retorno social, pelo contrário. Para concluir o que estou dizendo basta ver a origem de um lucro tão exorbitante de um representante do sistema financeiro: Tarifas e títulos públicos. Leia-se a política de juros alto perseguida pelo governo. Ao comentar o ganho com as tarifas o banco esconde o quanto as tarifas bancárias subiram nos ultimos 10 anos. Alguns números indicam mais de 3.000% de aumento. Sem nenhuma regulamentação do governo. ********************************** Lucro do Bradesco cresce 21% no 1º semestre SANDRA BALBI DA REPORTAGEM LOCAL O lucro líquido do Bradesco cresceu 21% em relação ao primeiro semestre de 2003 e totalizou R$ 1,250 bilhão. Foi o terceiro melhor resultado semestral do banco desde 1987, segundo levantamento da consultoria Economática. O maior lucro anterior fo

Elite ocupa até 1/4 das vagas na rede pública

ANTÔNIO GOIS DA SUCURSAL DO RIO A idéia de que na escola pública só estudam pobres é desmentida por uma pesquisa do projeto Gestão para o Sucesso Escolar, realizada com 26 mil alunos de 200 escolas públicas dos Estados de São Paulo e Santa Catarina. O estudo -de iniciativa dos institutos Gestão Educacional e Protagonistés- mostra que, na 8ª série dessas escolas, a presença de estudantes das classes A e B, de maior poder de consumo, é maior do que a das classes D e E. Segundo a pesquisa, 26% dos estudantes da 8ª série fazem parte das classes A e B, enquanto 22% são das classes D e E. Na 4ª série, a proporção de alunos da elite também é significativa (20%), mas inferior à de mais pobres (29%). Para chegar a essa conclusão, a pesquisa usou o Critério Brasil, padrão usado pelo mercado publicitário para avaliar o poder de consumo da população. O critério não leva em conta apenas a renda familiar, mas também a posse de bens e outras características. Em ambas as séries, a pesquisa mo

CÍRCULO VICIOSO

Editorial da Folha O modelo macroeconômico, adotado desde a desvalorização do real, em janeiro de 1999, continua revelando seus limites. A política econômica foi ancorada em três pilares fundamentais: taxa de juro elevada (16% ao ano) para atingir a meta de inflação de 5,5% em 2004; superávit fiscal (excluindo juros) de 4,25% do PIB para conter a explosão da dívida pública (56% do PIB); taxa de câmbio flutuante, com livre mobilidade dos capitais, a fim de fechar as contas externas. Esses pilares têm funcionado mais para assegurar a estabilização da economia do que para fomentar a produção e o investimento, numa dinâmica apelidada de "vôo da galinha": crescimento baixo e de curta duração. Os surtos de expansão recentes foram abortados pelo "apagão" da energia, em 2001, por restrições do setor externo, em 2002, e pelas taxas de juros elevadas, em 2003. Agora, quando a economia doméstica começa a emitir sinais de reaquecimento, o Comitê de Política Monetária do Banc

RENDA E EDUCAÇÃO

Editorial da Folha Quando se cruzam estatísticas relativas a renda, hábitos familiares e padrões de consumo com o desempenho escolar é possível observar alguns aspectos do modo como a pobreza se reproduz na sociedade. São interessantes, nesse sentido, os dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) relativos ao Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) e ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Os alunos responderam a questionários socioeconômicos, cujos resultados fornecem conclusões sugestivas -ainda que relativamente previsíveis. Estudantes de famílias com renda até um salário mínimo por mês, por exemplo, têm média na prova objetiva do Enem de 38 pontos, em cem possíveis. Quando a renda familiar é superior a 30 salários mínimos, a média chega a 69 pontos. Ao considerar bens materiais, aquele que mais pesa em favor do bom desempenho é o acesso à internet, que ajudou o aluno que o possui a obter 15,8 pontos a mais no Enem do que os que não ac