Negros e pardos são mais atingidos por desemprego e recebem menos

O artigo se mostra pertinente com o objetivo do blog - discutir exclusão social -, uma vez que traduz em termos práticos a discussão que, quase sempre, se encerra no plano acadêmico.

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O desemprego atingiu mais negros e pardos do que brancos em março passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O levantamento foi feito com base na PME (Pesquisa Mensal do Emprego), realizada nas seis maiores regiões metropolitanas do país.

A taxa de desemprego entre a população de cor preta ou parda chegou a 15,3%. Na população de cor branca, a taxa correspondeu a 11,1%. Na média das seis maiores regiões metropolitanas, a taxa de desemprego foi de 12,8%.

A pesquisa também revela que negros e pardos receberam a metade da renda dos brancos. A renda média do branco correspondeu a R$ 1.096 em março mas a renda do pardo ou do negro foi de R$ 535.

Em Salvador, onde 87% da população em idade ativa (de 10 anos ou mais) é de cor preta ou parda, a renda recebida por um trabalhador branco chega a superar em quase três vezes a recebida por um trabalhador negro ou pardo.

O levantamento mostra ainda que a maioria (63,9%) de negros e pardos recebia até dois salários mínimos. Entre os empregados brancos, o percentual que recebeu até dois salários mínimos foi de 39,2%.

Entre os trabalhadores com renda mais elevada (superior a 10 salários mínimos), a participação dos brancos é maior. Do total de trabalhadores brancos, 10,6% receberam mais que 10 salários mínimos. Entre pardos e negros, essa participação foi de apenas 1,7%.

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